“Doenças e condições muito atuais como obesidade, pressão alta e diabetes são fatores de risco para a formação de pedras nos rins. Os cálculos tendem sempre a se repetir. O paciente pode necessitar de diversas intervenções cirúrgicas e internações, reduzindo sua qualidade de vida, levando ao absenteísmo no trabalho e até a quadros de dor crônica, quando os cálculos não são devidamente investigados”, explica a médica nefrologista, Dra. Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
Dessa forma, a pedra nos rins aparece quando existe excesso de alguma substância na urina. Ou seja, pode ser cálcio, oxalato e ácido úrico (originando cristais). Além disso, a causa também pode ser a falta citrato na urina, que é considerado um protetor contra a formação de cálculo.
“Tudo isto pode ocorrer quando o pH (acidez) da urina se modifica. Além disso, quando ingerimos pouca água, urinamos pouco. Logo, esses cristais ficam saturados na urina, formando os chamados cálculos”, destaca a médica.
“Cuidado com as orientações antigas. Não corte o cálcio de sua dieta (leite e derivados). Estudos já comprovaram que a falta de cálcio na dieta pode estimular a formação de pedras e que, ao contrário do que se pensava, o paciente com cálculo deve ingerir uma quantidade normal de alimentos com cálcio por dia”, explica a médica.
Fora o cálcio, o ácido úrico também pode ocasionar a formação de pedras nos rins. “A dieta com purinas em excesso (frutos do mar e carnes) leva à maior produção de urato monossódico, que pode virar pedra. Esse tipo de pedra pode ter influência familiar”, conta a especislita.
Por fim, o tipo de pedra nos rins menos comum é o cálculo de estruvita. Porém, ele é o que mais cresce e pode, inclusive, bloquear o sistema urinário. “Eles são raros e associados à infecção. Se não tratados, podem ocasionar perda da função dos rins”, destaca a nefrologista.
“É fundamental que o paciente siga o protocolo de tratamento orientado pelo médico. Caso não se trate corretamente, em cinco anos haverá 50% de chance de o paciente voltar a ter cálculos renais, com nova dor e sintomas relacionados à passagem da pedra pelo trato urinário, até a obstrução do rim, que requer cirurgia de urgência”, finaliza a Dra. Reigada.