Esta semana o Congresso Nacional vai votar o Projeto de Lei 4.614/2024, que propõe alterações na regra de reajuste do salário mínimo. O texto foi apresentado pelo líder do Governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), e tramita em regime de urgência.

A enquete no site da Câmara dos Deputados, iniciada em 29 de novembro, mostra que os cidadãos são contrários ao projeto defendido pelo governo Lula. Mais de 11 mil pessoas votaram que discordam totalmente do projeto.

No resultado parcial, analisado nesta segunda-feira (16), 98% dos cidadãos que responderam à enquete são contrários ao projeto (11.011 votos); 1% discorda em parte (156 votos); 0% está indeciso (3 votos); 0% concorda na maior parte (17 votos); e 1% concorda totalmente com a mudança (78 votos).

Nos comentários, várias críticas ao projeto, com muitos brasileiros criticando que a população acabará sofrendo com a medida.

– Não acho justo tirar de quem mais precisa pra tampar o buraco sem fundo deles. Quanta maldade, quanta covardia desse governo que iludiu o povo com falsas promessas, no salário deles não tem corte, só aumento – escreveu uma cidadã.

Como o documento também fala sobre novas regras para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), incluindo assim a remuneração de cônjuge, pais, irmãos, filhos e menores tutelados, muitos brasileiros criticaram o texto dizendo que irá atingir os mais pobres e famílias com pessoas deficientes.

– Esse projeto de lei impactará profundamente a vida de mais de 4 milhões de famílias, com os deficientes sendo os mais prejudicados. É essencial retirar esse PL de pauta, pois ele representa um verdadeiro ato de crueldade – escreveu um cidadão no site da Câmara.

E outro reafirma:

– Nada de positivo, só maldade e crueldade com quem necessita do BPC. Governo das trevas, da fome e da miséria. Tenho três filhos autistas severos e já estou sem dormir há dias, preocupada com essa PL do mal. Que Deus nos proteja de tanta maldade. Governo sanguessuga, querem matar a população do BPC de fome.

ENTENDA
Reajuste do salário mínimo: a proposta atual preserva a correção pela inflação, mas limita o reajuste vinculado ao PIB a um teto de 2,5% acima da inflação, seguindo os limites do arcabouço fiscal.

BPC: o projeto propõe que o BPC seja reestruturado para incluir critérios mais rigorosos para a concessão do benefício, como a necessidade de atualização cadastral biométrica e a verificação de rendimentos de familiares. Além disso, sugere a inclusão da renda de cônjuges não residentes e de outros familiares no cálculo para a concessão do benefício.