O líder venezuelano oposicionista Edmundo González Urrutia começou, neste sábado (4), uma série de viagens internacionais que o levarão para Washington, nos EUA, dias antes de o ditador Nicolás Maduro assumir o terceiro mandato como presidente da Venezuela.
Em novembro de 2024, Urrutia foi reconhecido pelos Estados Unidos como vencedor das mais recentes eleições presidenciais no país sul-americano.
Diplomata aposentado, González viajou para o exílio na Espanha, em setembro, depois de um juiz emitir um mandado de prisão contra ele na Venezuela, após eleições presidenciais de 28 de julho. Maduro foi declarado o vencedor da disputa pelo Conselho Nacional Eleitoral, órgão composto por pessoas leais ao governo atual.
Nas últimas semanas, González tem dito que viajará à Venezuela para tomar posse como presidente, mas não disse como pretende retornar nem como planeja contestar Maduro, cujo partido controla todas as instituições e os militares da Venezuela.
O próximo mandato presidencial começa em 10 de janeiro.
– Por qualquer que seja o meio necessário, eu estarei lá – disse González.
Na última quinta-feira (2), Maduro anunciou uma recompensa de 100 mil dólares para quem trouxesse informações sobre o paradeiro de González.
Durante uma entrevista coletiva, González disse que viajará no sábado para os EUA, onde espera conversar com o presidente do país, Joe Biden, após uma breve visita ao Uruguai para uma reunião com o presidente Luis Lacalle Pou. Ele também pretende visitar o Panamá e a República Dominicana. Hoje ele estava na Argentina, onde trabalhou como embaixador.
Os EUA e a maior parte dos países europeus rejeitaram os resultados oficiais das eleições na Venezuela, afirmando que as autoridades não apresentaram resultados detalhados a respeito da disputa. Em paralelo, a oposição apresentou atas de 85% das urnas do país mostrando que o vencedor das eleições foi González.
*AE