Um asteroide conhecido como Bennu está ganhando atenção da comunidade científica devido ao seu potencial impacto com a Terra. Com um poder destrutivo comparável a 22 bombas atômicas, Bennu segue uma trajetória que o aproxima de nosso planeta a cada seis anos, e os especialistas preveem que a data de maior risco será em 24 de setembro de 2182.
Com um diâmetro de aproximadamente 510 metros, Bennu é considerado um dos asteroides mais ameaçadores já identificados. Se ele colidisse com a Terra, liberaria uma energia estimada em 1.200 megatons, equivalente a 24 vezes a potência da maior bomba nuclear já detonada. No entanto, os especialistas indicam que a probabilidade de um impacto catastrófico é relativamente baixa, estimada em 0,037%.
Para evitar um risco de colisão com a Terra, a NASA trabalha em uma missão de desvio do asteroide. Em 2016, a agência lançou a sonda OSIRIS-REx com a missão de coletar amostras de Bennu. Esses fragmentos são fundamentais para entender a estrutura e a composição do asteroide, informações que podem ser essenciais para evitar um desastre futuro.
A missão da OSIRIS-REx está prestes a concluir uma fase importante, com a sonda retornando à Terra após sete anos de coleta de dados no espaço. A cápsula contendo as amostras de Bennu deve pousar em uma região desértica no oeste dos Estados Unidos, trazendo consigo informações valiosas que podem ajudar a proteger o nosso planeta.
Estudos sugerem que Bennu se originou de um corpo maior no cinturão de asteroides localizado entre Marte e Júpiter, há bilhões de anos. Sua composição rica em carbono é intrigante, pois pode conter moléculas orgânicas que se assemelham àquelas que possivelmente desempenharam um papel no surgimento da vida na Terra.