O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o principal candidato de oposição, Edmundo González, votaram na manhã deste domingo (28) e falaram em respeito ao resultado e à vontade dos eleitores.
"Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados", disse Maduro, após deixar o local de votação.
A declaração foi feita dias depois de o presidente venezuelano afirmar que o país poderá enfrentar um "banho de sangue" e uma "guerra civil" caso ele não seja reconduzido ao cargo.
González, por sua vez, disse acreditar que o desejo popular será atendido.
"Confiamos que as Forças Armadas respeitarão a decisão do nosso povo", afirmou.
O candidato foi escolhido para encabeçar a chapa da coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD)" depois que as opositoras María Corina Machado e Corina Yoris foram impedidas pelo regime de Maduro de concorrer.
À tarde, a principal opositora de Maduro, María Corina Machado, também votou e projetou participação recorde. "O que estamos vendo é o ato cívico mais importante da história moderna da Venezuela. Se isso continuar assim, provavelmente será um número recorde de participação", afirmou.
Ela afirmou com base em dados da campanha de González que 42,1% dos eleitores, que representam 9,3 milhões de pessoas, compareceram até as 13h do horário local (14h, de Brasília).