O estado de Goiás está elaborando uma frente de trabalho para atender às metas do Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC+). Este plano, que faz parte de uma iniciativa nacional do governo federal, visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e adaptar as práticas agropecuárias às novas condições climáticas. Com a execução planejada até 2030, o Plano ABC+ exige que os estados cumpram pelo menos uma das oito metas estabelecidas. Goiás, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, se comprometeu a cumprir todas as oito.
Entre as metas do Plano ABC+ estão a recuperação de pastagens degradadas, a adoção de sistemas de plantio direto, e a promoção da integração lavoura-pecuária-floresta. O plano também inclui o uso de bioinsumos para reduzir a dependência de químicos sintéticos, a implementação de sistemas agroflorestais que combinam árvores com culturas agrícolas ou pastagens, a expansão de florestas plantadas para sequestrar carbono, a modernização da irrigação para melhorar a eficiência no uso da água, e o manejo eficiente dos resíduos da produção animal para reduzir a poluição.
A Secretaria de Agricultura de Goiás está preparando um plano de trabalho detalhado para atender a essas metas. A versão final será submetida à consulta pública em outubro, permitindo que a sociedade participe da definição das ações e metas.
“O plano ABC+ possui algumas tecnologias e, em cada tecnologia, serão apresentadas as metas que cada estado irá apresentar. Goiás pretende até então aplicar essas oito metodologias do plano, vamos indicar metas para cada tecnologia e estamos pensando em metas factíveis, metas reais, metas do crescimento econômico agropecuário mesmo do estado, em que nós vamos fazer três cenários, um bem conservador, um mediano e um otimista”, explicou Stella Miranda Menezes, Gerente de Sustentabilidade (Seapa).
A gerente destacou ainda que Goiás tem potencial nas áreas de bioinsumos e terminação intensiva, e que essas áreas deverão ser ainda mais exploradas para atender o plano. “Nós identificamos que a área de bioinsumos é uma área que está crescendo bastante. Terminação intensiva, também, está crescendo bastante. Sistema de plantio direto, tanto em plantio direto e grãos, quanto no plantio direto de hortaliças também. Também identificamos que vamos ter metas nos sistemas”, ressaltou.