Silvio Santos, o maior ícone da TV brasileira, morreu aos 93 anos, neste sábado (17), em São Paulo, em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por influenza A (H1N1). Apesar de ter uma legião de fãs, o apresentador pediu para que não houvesse velório aberto ao público.
"À medida que nosso pai ia ficando mais velho, ele ia expressando um desejo dele com relação a sua partida. Ele pediu para que assim que ele partisse, que levássemos ele direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria com que ele viveu", diz nota da família Abravanel.
Pela tradição judaica, o enterro deve acontecer o mais rápido possível, mas não podem acontecer aos sábados até o pôr do sol, dia de descanso dos judeus.
A cerimônia, então, deve ser realizada em um cemitério israelita neste domingo (18) com a presença da família e de amigos próximos.
O SBT informou que, dentre os antepassados de Silvio, está Judah Abravanel, um dos fundadores do Império Otomano, avô de Don Isaac Abravanel, líder judaico que administrou a economia espanhola no reinado de Isabel e Fernando.
A Confederação Israelita do Brasil também divulgou nota de pesar.
"A Confederação Israelita do Brasil manifesta seu respeito e reconhecimento a Silvio Santos, cuja trajetória ilustra o que há de mais admirável no empreendedorismo brasileiro. É com profundo pesar que recebemos a notícia de sua partida. Como membro da comunidade judaica, Silvio sempre fez questão de manter suas raízes e valores, tornando-se um símbolo de orgulho para judeus em todo o Brasil. Sua contribuição vai além da televisão; seu impacto é sentido no campo empresarial, cultural e social. A Conib expressa sua gratidão por sua influência e liderança, que permanecem como um legado valioso para as futuras gerações."